Aparecida do Taboado foi palco de um episódio de violência que chocou a comunidade no último final de semana. Um jovem foi flagrado em vídeos se vangloriando de agredir uma pessoa sem motivo aparente. No sábado, dia 15, a Polícia agiu rapidamente, prendendo o suspeito e apreendendo um menor de idade acusado de colaborar nas agressões. Ambos foram mantidos sob custódia após prestarem depoimentos.
O caso, que parecia inicialmente mais um desfecho rotineiro das páginas policiais, tomou proporções alarmantes quando vídeos dos depoimentos gravados pela Polícia Civil começaram a circular na internet. Sem qualquer tipo de censura ou autorização, os vídeos expuseram detalhes sensíveis, incluindo a identidade dos envolvidos, gerando questionamentos legais e éticos.
De acordo com o advogado Igor Santos, a divulgação de depoimentos de menores é crime, conforme previsto no artigo 247 da Lei 8.069. “As circunstâncias do vazamento e divulgação desse material devem ser investigadas pela Corregedoria”, afirmou. Ele também alertou que todos os que compartilham os vídeos estão sujeitos a sanções legais. “É surpreendente que nem a Polícia Civil nem o Conselho Tutelar tenham se manifestado publicamente sobre o caso, considerando que são os órgãos responsáveis”, completou.
Além disso, especialistas alertam que a divulgação de conteúdos relacionados a investigações em andamento pode comprometer a responsabilização dos acusados. O vazamento de vídeos contendo depoimentos pode intimidar testemunhas, que passam a temer represálias ao verem suas identidades e declarações expostas, enfraquecendo o processo de busca por justiça.
Procurado sobre o assunto, o delegado titular Dr. Vitor, da delegacia de Aparecida do Taboado, informou que o caso está sendo investigado pelas autoridades hierárquicas do departamento da Polícia Civil. Segundo ele, os vídeos divulgados estão anexados no procedimento Esaj, o que significa que qualquer pessoa com acesso ao sistema pode ter vazado o material.
O episódio levanta um alerta sobre a necessidade de maior controle e responsabilidade no manejo de informações sensíveis, especialmente em casos que envolvem menores de idade e investigações em curso. A comunidade aguarda respostas e medidas concretas para evitar que situações semelhantes se repitam.
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